domingo, 10 de março de 2013

Alfabetização de crianças de 8 anos é "prioridade da prioridade", diz Ministro da Educação (Brasil)


Aloizio Mercadante diz que MEC vai buscar os problemas 'na raíz'. Segundo estudo, problemas estão na 6ª série e no 1º ano do ensino médio.
Aloizio Mercadante (Foto: Reprodução Globo News)


O ministro da Educação Aloizio Mercadante afirmou, na terça-feira, 13 de novembro de 2012, que a “prioridade da prioridade" do Ministério da Educação é alfabetizar as cerca de 8 milhões de crianças brasileiras de até 8 anos de idade matriculadas até o 3º ano do ensino fundamental.
Segundo o Ministro, 15,3% das crianças brasileiras não aprendem a ler e escrever até completar essa idade. No Nordeste, a média é 23% e no Norte 28%, enquanto no Sul a taxa é bem mais baixa – 5%. O Ministro chamou a atenção para a discrepância regional e afirmou que a “raiz da desigualdade está na educação”.
Os grandes gargalos do ensino, segundo Mercadante, estão na 6ª série do Ensino Fundamental e no 1º ano do Ensino Médio. Ele afirmou que o governo perde entre R$ 7 bilhões a R$ 9 bilhões por ano com reprovações escolares.
Mercadante afirmou que realizar uma avaliação universal do ensino apenas na 5ª série pode ser tarde demais. “Muitas crianças não conseguem acompanhar o ensino e ficam para trás”, disse. “Vamos lá atrás, na raíz, identificar as dificuldades”.
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado pela Presidente Dilma Rousseff no dia 8 de novembro de 2012, terá como objetivo não apenas a alfabetização, mas a avaliação universal de todas crianças entre sete e oito anos de idade “para verificar se efetivamente aprenderam a ler, escrever, interpretar texto e se já estão conseguindo dominar as primeiras contas”, explicou o Ministro. "Com essa avaliação, será possível recuperar crianças com dificuldades e que ainda não tenham o domínio da língua".
“O programa terá material, orientação, gestão, formação inicial continuada para professores alfabetizadores e vamos avaliar o resultado para realmente ter uma meta que realmente é a base de tudo”, completou.



Alfabetização
Para estimular as escolas e os professores a se engajar no projeto, o governo prometeu distribuir, neste ano, 2013, R$ 500 milhões para as instituições educacionais que apresentarem os melhores desempenhos. O dinheiro será repassado na forma de premiações às experiências bem-sucedidas.
Ao aderirem ao pacto, informou o governo federal, os gestores públicos se comprometem a alfabetizar todas as crianças em Língua Portuguesa e em Matemática. Também serão obrigações dos estados e municípios criar avaliações para os estudantes que estão no ciclo de alfabetização, além das que já são realizadas pelo MEC.
Os governos estaduais, contudo, ainda terão de oferecer apoio às prefeituras que tenham aderido ao programa, de modo a viabilizar o cumprimento das metas. As ações públicas voltadas para a alfabetização das crianças com menos de nove anos serão monitoradas pelo MEC por meio de um sistema de gerenciamento, acompanhamento e controle.
Para atingir o compromisso, ressaltou o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, uma das principais medidas será a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores, que farão cursos durante dois anos (ênfase em linguagem e matemática) e receberão bolsa para essa capacitação.
Os professores, informou o Ministro, poderão realizar os cursos no próprio município de trabalho e sua formação será supervisionada por 18 mil orientadores de estudo, capacitados em 34 universidades públicas brasileiras.
Outras ações do projeto são a distribuição de 26,5 milhões de livros didáticos para as escolas de ensino regular e campo, de 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras de literatura, 17,3 milhões de livros paradidáticos, além da construção de uma biblioteca em cada sala de alfabetização para incentivar a vivência dos alunos entre os livros.

Fonte:  http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/11/alfabetizacao-de-criancas-de-8-anos-e-prioridade-da-prioridade-diz-ministro.html



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Aprendendo a referenciar fontes de pesquisa e informação em trabalhos acadêmicos e científicos

     Visando dar suporte aos elaboradores de trabalhos acadêmicos e científicos (projetos, relatórios, monografias, artigos, etc.), a presente publicação busca orientar a formatação do que é denominado de REFERÊNCIAS, uma das páginas obrigatórias da elaboração de qualquer trabalho de caráter científico, já que nada se escreve por si e de si só, mas sempre com base em informações e em escritos de outros.
     Diante disso, exponho a princípio algumas orientações a seguir:
A) Primeiro, friso que não se use a expressão REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS no título, uma vez que se essa expressão for usada, significa dizer que só se leu, só se pesquisou textos impressos, ficando de fora artigos encontrados em sites, vídeos, filmes, entrevistas, etc. Usando-se apenas o termo REFERÊNCIAS pode-se perceber que esta página poderá acoplar qualquer fonte de pesquisa;
B) Na formatação, o espaçamento entre linhas é de 1,0 e sempre alinhado à esquerda;
C) Às vezes, um determinado assunto abordado numa fonte como revista, jornal ou site não apresenta autor por ser de responsabilidade da Redação da Revista, do Jornal ou site. Quando isso ocorrer, será a instituição a autora;
D) No caso de documentos como Leis, Resoluções, ou qualquer outra publicação emitida pelo Governo, considera-e autor a esfera administrativa. Por exemplo, se uma Lei for de origem do Governo Federal, o autor é o Brasil; se for de algum Estado, o autor será esse Estado e, se for de origem de algum Município, o autor será esse Município;
E) No todo,  as referências devem estar em ordem alfabética em relação ao primeiro nome de cada uma delas, e isso independente de serem referências de livro, de revista, de jornal, de site, de entrevista, etc;
F) Oriento ainda a observação de que para cada tipo de fonte de pesquisa e informação será necessário uma formatação específica. Para algumas, por exemplo, utiliza-se letras sem destaque, em outras usa-se palavras em itálico, outras em negrito. Em algumas separações de componentes de uma determinada referência usa-se vírgulas, em outras usa-se ponto e até ponto e vírgula e dois pontos. Deve-se estar atento a cada detalhe. Vejamos a seguir algumas mais usadas em termos de consulta:


1. PARA REFERÊNCIAS DE LIVRO IMPRESSO: 

Siga-se a ordem:
SOBRENOME DO AUTOR, nome do Autor. Título da obra em itálico.(ou : subtítulo da obra normal). nº da edição. abreviação da edição. cidade de publicação: nome da editora, ano de publicação. nº de páginas da obra se lido o livro todo (ou p. nº das páginas lidas quando apenas algumas páginas da fonte foram lidas).

Exemplo:

LOPES, Sônia Godoy B. Carvalho. Bio: introdução à biologia. 11. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2001. 59p.

Observações:

A) Observe que neste exemplo acima, este livro só tem um autor. Caso tivesse dois autores, colocar-se-ia um ponto e vírgula e da mesma forma se faria em seguida com o nome do 2º autor logo após o nome do primeiro. Ex:

LOPES, Sônia Godoy B. Carvalho; SALVADOR, Gabriel. Título da obra...........

B) Se o livro tivesse três autores ou mais, colocar-se-ia apenas o nome do autor principal e em seguida acresecentaria em itálico a expressão latina et all. Daí, dá-se a sequência normal às demais informações. Ex.:

LOPES, Sônia Godoy B. Carvalho et all. Título da obra..........

C) Quando não houver alguma dessas informações no livro, ignora-se essa ausência e passa-se para a informação seguinte.

D) Quando a referência a ser feita não for do livro, mas apenas de um capítulo ou artigo do livro, escreve-se pela mesma ordem primeiro o nome do autor do capítulo ou artigo e depois o título do capítulo ou artigo em itálico. Em seguida escreve-se a expressão inglesa "In" seguida de dois pontos. Daí, escreve-se a referência do livro em que se encontra o capítulo ou artigo. Um detalhe: Neste caso, o título do livro fica em negrito e no final da referência, ao invés de dizer quantas páginas tem o livro (por exemplo: 59p), diz-se em que página começa e termina o artigo (por exemplo: p. 11-15). Para este caso, veja o exemplo.:

SOUZA, Luiz. A biologia celular. In: LOPES, Sônia Godoy B. Carvalho. Bio: introdução à biologia. 11. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 11-15.

E) Caso o capítulo ou artigo do livro seja do próprio autor do livro, após a expressão "In" e os dois pontos, usa-se um travessão de cinco espaços em substituição do nome do autor, já que seu nome já foi referenciado no início.Ex.:

LOPES, Sônia Godoy B. Carvalho. A biologia humana. In: _____. Bio: introdução à biologia. 11. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 16-23.


2. PARA REFERÊNCIAS DE ARTIGOS DE REVISTA:

Siga-se:
a) sobrenome do autor em maiúsculo, seguido de vírgula e de seu prenome preferencialmente abreviado;
b) título do artigo em itálico;
c) subtítulo do artigo (se houver), sem destaque;
d) título da revista em negrito;
e) local da publicação da revista;
f) ano da revista (se houver) em algarismo arábico;
g) volume da revista (abreviado);
h) número da revista (abreviado);
i) página inicial e final do artigo;
j) mês e ano da publicação (meses com mais de 4 letras devem ser abreviados até a 3ª letra em língua original de publicação).

Exemplos:

ARAÚJO, A. G. Lucro verde. Marketing, São Paulo, ano 37, n. 357, p. 22-27, out. 2002.

GUEDES, E. M.; MAURO, M. Y. C. (Re)visando os fatores e as condições de trabalho de enfermagem hospitalar. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 144-151, maio/ago. 2001.

3. PARA REFERÊNCIAS DE ARTIGOS DE JORNAL:

Siga-se:
a) sobrenome do autor, em maiúsculao, seguido de vírgula (se não houver autor, inicia-se pelo título do artigo com a primeira palavra em maiúsculo) e do(s) seu(s) prenome(s) de preferência abreviado(s);
b) título do artigo em itálico;
c) subtítulo do artigo (se houver) sem destaque;
d) nome do jornal em negrito;
e) local de publicação do jornal;
f) dia, mês (abreviado) e ano do jornal;
g) caderno, seção ou suplemento do jornal no qual se encontra o artigo (se não houver caderno, seção ou supleento, a página precederá a data);
h) página inicial e final do artigo.
Exemplos:

BURKE, P. Uma história social do lixo. Folha de São Paulo, São Paulo, 9 dez. 2001. caderno Mais!, p. 15.

MARQUES, D. Os catadores de sucata são grandes heróis. Diário de São Paulo, São Paulo, p. 6, 5 nov. 2001.

4. PARA REFERÊNCIAS DE ARTIGOS DE REVISTA OU JORNAL ON-LINE:

Segue-se as mesmas orientações para artigos de revista e jornal impressa. Entretanto, após a data, deve-se acrescentar a expressão:
Disponível em: < endereço eletrônico do artigo >. Acesso em (data do acesso).
Exemplo:

NEGRÃO, P. Desenhar hoje para ler mapas no futuro. Revista Nova Escola, São Paulo, n. 168, dez. 2003. Disponível em: < http://www.novaescola.abril.uol.com.br/ >. Acesso em 18 dez. 2003.

Observação:
A) Em não sabendo ou não identificando outras informaçõs, ao informar o nome da revista ou do jornal, pode-se seguir para a expressão Disponível em.......

5. PARA REFERÊNCIAS DE FILMES E VÍDEOS:

Siga-se:
a) título da obra com primeira palavra em maiúsculo;
b) diretor e/ou produtor da obra;
c) local de produção;
d) produtora;
e) ano de produção;
f) características físicas da obra (se 1 videocassete, se 1 dvd, etc)
tempo de duração da obra.
Exemplo:

A MARVADA carne. Direção de André Klotzel. Produção de Cláudio Kans. São Paulo: Intermovies, 1985. 1 videocassete. Duração 2h.

6) PARA REFERÊNCIAS DE ENTREVISTA:

Siga-se:
SOBRENOME DO AUTOR. prenome do Autor. Assunto ou título do programa. Local do depoimento, entidade onde aconteceu o pronunciamneto, data em que a entrevista foi concedida. Nota indicando o tipo de depoimento e nome do entrevistador.
Exemplo:

SUSSENKIND, Arnaldo. Anteprojeto da nova CLT. Porto Alegre, Televisão Guaíba, 29 abr. 1979. Entrevista a Amir Domingues.

7) PARA REFERÊNCIAS DE INFORMAÇÃO VERBAL (Palestra, Congresso, Conferência, Discurso, Anotação de Aula, etc)

Siga-se:
SOBRENOME DO AUTOR, prenome do Autor. Assunto ou título. Local, instituição que promoveu o evento (se houver), data. Nota indicando o tipo de depoimento (se palestra, se congresso, etc).
Exemplo:

KOUTZIL, Flávio. A Guerra do Golfo e suas consequências na América Latina. Porto Alegre, UFRGS, 13 mar. 1991. Palestra ministrada aos professores, alunos e funcionários da FABICO.

8) PARA REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS OFICIAIS (Leis, por exemplo):


Siga-se:
a) NOME DA ESFERA ADMINISTRATIVA AUTORA. Nº da Lei em itálico: nome da Lei quando for o caso ou ementário, local de publicação: veículo de publicação e seu local de instalação, ano de publicação.

Exemplo:
BRASIL. Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Diário Oficial da União, DF, 1996.

b) NOME DA ESFERA ADMINISTRATIVA AUTORA. Nº da Lei em itálico: nome da Lei quando for o caso ou ementário, local de publicação: veículo de publicação e seu local de instalação, ano de publicação. Disponível em . Acesso em (data).

Exemplo:
BRASIL. Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Diário Oficial da União, DF, 1996. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em 15 jan. 2011.

c) NOME DA ESFERA ADMINISTRATIVA AUTORA. Nº da Lei em itálico: nome da Lei quando for o caso ou seu ementário, local de publicação: veículo de publicação e seu local de instalação, ano da edição, nº da edição, data de publicação. referência da Seção, nº da página.

Exemplo:
BRASIL. Lei nº 11.474, de 15 de maio de 2007: Altera a Lei Nº 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, que cria o Programa de Arrendamento Residencial, institui  o arrendamento residencial com opção de compra, e a Lei Nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006, que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos, e dá outras providênciasBrasília: Diário Oficial da UniãoDF, ano 144, n93, 16 maio 2007. Seção I, p.1.

9) PARA REFERÊNCIAS DE BÍBLIAS

Siga-se:
a) BÍBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, Data de publicação. Total de páginas. Notas (se houver).

Exemplo:
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rev. e corrig. Rio de Janeiro: CPAD, 1995. 2030 p. Bíblia média preta com Índice temático geral, Concordância abrev. da Bíblia, Harpa Cristã e Índice dos Mapas e dos Nomes Geográficos.



REFERÊNCIAS:



ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro: mar. 2011. 11p.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1990.

MARCANTONIO, Antonia Terezinha; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza; SANTOS, Martha Maria dos. Elaboração e divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1993.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. rev. e amp. São Paulo: Cortez, 2000. 279p.