sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Conhecendo peculiaridades dos gêneros "Cartum" e "Charge"


O CARTUM

            O cartum é um tipo de texto humorístico. É uma espécie de anedota gráfica sobre o comportamento humano que pode usar apenas a linguagem não-verbal ou misturá-la com a verbal. Em geral, aborda situações atemporais e universais, isto é, que poderiam acontecer em qualquer tempo ou lugar.
            O nome cartum veio de um fato ocorrido em 1841, em Londres: Para decorar o Palácio de Westminster, o príncipe Albert promoveu um concurso de desenhos, feitos em grandes cartões (cartoons, em inglês) que seriam colados às paredes. Para satirizar os desenhos oficiais, a revista inglesa Punch, a primeira revista humorística do mundo, resolveu publicar seus próprios cartoons, dando novo significado à palavra.

O cartum é um texto humorístico que usa a linguagem não-verbal, combinada ou não com a verbal. Normalmente, retrata situações universais e atemporais, satirizando os costumes humanos.


Veja um exemplo de cartum abaixo:
NANI. In: www.nanihumor.com. Aceso em 20 out.2011




 
A CHARGE

                Ao contrário do cartum, que retrata situações genéricas, a charge satiriza um fato específico, situado no tempo e no espaço. Outra diferença é que, enquanto as personagens do cartum costumam ser pessoas comuns, as da charge, muitas vezes, são personalidades públicas – um político ou artista, por exemplo.
            Tanto o cartum quanto a charge, porém, têm em comum o fato de poderem usar apenas a linguagem não-verbal ou esta associada à linguagem verbal. Finalmente, ambos costumam ser publicados em veículos de comunicação de massa, como jornais ou revistas.
            Em francês, a palavra charge significa “carga”: de fato, o chargista “vai à carga”, atacando com ironia e mordacidade uma situação política ou social.
            A charge faz parte do material de opinião, isto é, aquela parte dos jornais e revistas em que cada autor expressa seu ponto de visa sobre determinado assunto. Em geral, localiza-se na página de editoriais, a página mais nobre da publicação.
            A compreensão da crítica feita pelo chargista depende da cumplicidade estabelecida entre autor e leitor. Por isso, o leitor precisa ter um conhecimento prévio do assunto abordado e conhecer as circunstâncias, as personagens e os fatos retratados. Assim, a charge pode perder seu sentido se o acontecimento que a inspirou tiver sido esquecido pelo público.

Charge é um desenho humorístico, acompanhado ou não de texto verbal. Normalmente, critica um fato ou acontecimento específico e aborda temas sociais, econômicos e sobretudo políticos.

Veja um exemplo de charge abaixo:
JARBAS. In: www.diariode pernambuco.com.br. Acesso em 18 out. 2011.
 
REFERÊNCIA
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006. 472p. (p.43-45).

5 comentários: